Igor, da Vila Prudente, superou adversidades e hoje inspira novos dançarinos a seguirem apesar de todas as dificuldades os seus sonhos
Do beco, da viela ou daquele lugar conhecido como Coroado o Igão como é conhecido na quebrada leva entre muitas experiências de vida a força para os mais de 20 alunos que ele cuida hoje com oficina de hip-hop. Nascido e criado na comunidade Igor Lima, 20, preserva com unhas e dentes o objetivo de um dia poder viver de dançar. Atualmente, seus passos e ginga inspira dezenas de outros pequenos moradores a mandar ver. Desde 2012 na labuta ele foi contra todas as estatísticas e os 'nãos' que a vida o colocou à sua frente para hoje poder viver dignamente como homem e dançar pelo mundo afora. De origem humilde, Igor conseguiu por meio da dança ir contra as drogas, como ele mesmo diz: "sendo forte dia após dia".
Atualmente professor para muitos jovens da Favela. Igor tem atuado como voluntário também nas oficinas de dança de rua do Gerando Falcões – Vila Prudente, ONG que iniciou os trabalhos na região em 2018. A professora da atividade em que Igor faz parte, Palloma Kissyla, 22, conta como acredita no potencial educativo do Igor.
"Ele tem muita coisa pra mostrar para as crianças, a gente sabe o que faz para ajudar cada um, incentivando as crianças a dançar, mostrando que tudo que é bom e pode dar certo. Ele tem um futuro grande pela frente", disse Palloma.
Para ele, o melhor e mais importante do trabalho de compartilhar experiências e vivências é que ele não ensina somente a dançar. "Eu também ensino disciplina, que tem que trabalhar e estudar, respeitando o pai e mãe", disse e complementa com um recado aos mais novos "sempre tenham fé e coragem para dançar hip-hop! O mundo é difícil, mas não podemos desistir".
Mikaelly conta como foi a experiência de participar do curso de arquitetura e construir o próprio projeto de reforma do nosso escritório.
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Mikaelly, 16 anos
Mikaelly, 16 anos, é aluna de qualificação do Vozes das Periferias. Em 2019, se formou no curso de Arquitetura e foi convidada, junto com outros 3 colegas de classe, a criar o projeto de reforma do nosso escritório. O espaço passou por uma grande mudança e hoje conseguimos utilizar muito melhor nossas salas.A jovem também realizou outros cursos da área de tecnologia e comunicação, e seu crescimento está sendo muito maior do que o esperado."O Vozes é uma escada para as realizações do meu sonho. Lá eu aprendi que para você vencer tem que ter, acima de tudo, garra".Mika também é voluntária de operações gerais e nos auxilia em nossas atividades de esporte, cultura e qualificação profissional. Sem dúvidas, essa jovem sonhadora ainda vai conquistar o mundo.
Luiz Alberto, 20 anos
Luiz foi aluno do curso de Gestão de Projetos, em parceria com a Comparex, em 2018. A dedicação do jovem durante as aulas o fez estar entre os melhores, concorrendo por uma vaga de emprego na empresa apoiadora."Participar deste curso foi um divisor de águas em minha vida profissional e pessoal, porque lá eu e meus colegas aprendemos muito mais do que as práticas de gestão de projetos, nós aprendemos valores que levaremos para a vida como o #TamoJunto e o #VaiKida".Hoje, Luiz trabalha na SoftwareONE, antiga Comparex, onde cresce a cada dia junto com profissionais qualificados e trilha a sua carreira. Sem dúvidas, essa oportunidade mudou a vida do jovem e abriu diversas portas, transformando sua história e a de sua família.
Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11
Os irmãos Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11, são alunos da oficina de Dança de Rua do Vozes das Periferias e dão um show de talentos.Os b-boys fazem da arte a força para superar qualquer dificuldade e só abaixam a cabeça se for um passo da dança. Eles se dedicam a aprender e a serem melhores a cada dia, desde o hip hip até o passinho do funk. Os meninos ainda se apresentam em locais como a Av. Paulista e estações do metrô, mostrando que a favela é potência e cultura de rua pode chegar onde quiser.
Kayrone, 15 anos
Kayrone, 15 anos, é aluna da oficina de Jiu Jitsu do Vozes das Periferias e voluntária do projeto auxiliando os mais novos durante a aula. Desde o início se mostrou muito interessada e pró-ativa, querendo aprender sempre mais. A princípio seu objetivo era usar o esporte como uma forma de autodefesa, já que os casos de violência contra mulher estão cada vez maiores. Mas com o tempo foi se encantando e trazendo o Jiu Jitsu para vida."O que eu mais gosto no jiu é que independente da sua faixa ou tempo de treino todos se ajudam e crescem juntos".Hoje, Kayrone treina na Academia Nova União SP Mooca, onde ganhou uma bolsa graças a ponta feita pelo atleta e professor Erick Silva.Sua força e garra representa a classe feminina das favelas. Voe alto!