Os baianos e os fãs da cozinha afro-brasileira que vivem na zona Leste já sabem como se deliciar com uma das mais populares especialidades da cultura nacional. Sem sair de casa, é possível receber uma mega barca de acarajé fresca e quentinha para uma experiência para lá de arretada.
Com raiz nos terreiros de Candomblé, o acarajé se tornou meio de sobrevivência para muitas famílias de santo. Além do seu significado e importância dentro das obrigações religiosas para as filhas de Oyá, o potencial comercial do prato, que antes possibilitava às mulheres escravizadas a compra da alforria, hoje entrega
independência financeira a tantas outras.
A professora de geografia Jana Souza, de 33 anos, sabe bem de tudo isso. Com o desemprego e o avanço da crise potencializada pela pandemia do coronavírus, ela uniu forças com a cunhada Gerlaide Silva de Azevedo, 28 anos, recorreu aos antepassados e investiu todo o seu FGTS na
Akara Refeições, um negócio que une identidade religiosa e preservação cultural.