Negócio sucesso faz jovens acessar o primeiro emprego no Jardim Sinhá
Os empreendedores Marcelo e Renata, donos da "Pastelaria da Jú", nome dado em referência à filha do casal, dirigem e tocam o negócio localizado na rua João Ceresini, local de grande circulação de pessoas no Jardim Sinhá. Ambos, que dividem seu tempo entre o atendimento aos clientes e o preparo dos deliciosos pastéis, protagonizam a independência financeira da família e são geradores de emprego, dando a oportunidade de inserção no mercado de trabalho à jovens da comunidade.
Após enxergar a facilidade da criação do empreendimento em um espaço próximo à sua residência, o casal analisou a concorrência na comunidade, tendo em vista o respeito à iniciativa de outras pessoas em buscar o negócio próprio e a sobrevivência sadia de sonhadores como eles. A unidade, que já passou por algumas ampliações, hoje atende centenas de clientes das terças aos domingos, servindo diversos alimentos e bebidas como pastéis, salgados, cervejas, refrigerantes e sucos.
Além de aprenderem o preparo dos pastéis, atendimento ao público e postura profissional, outros valores são agregados aos jovens que ingressam no quadro de colaboradores da pastelaria. Segundo Marcelo, os jovens que iniciam sua caminhada no mercado de trabalho em seu empreendimento, desenvolvem ética profissional e o respeito aos clientes – que são como eles, moradores da favela – e têm uma oportunidade de melhoria de vida dentro da comunidade. Com o salário que recebem, auxiliam na renda familiar e começam a conquistar sua independência financeira.
Ainda segundo o empreendedor, quem deseja criar um negócio na periferia precisa ter consigo a preocupação do respeito ao local e pessoas que ali moram. "Tem que ter humildade, fé e respeito às pessoas", afirma Marcelo.
A "Pastelaria da Jú" funciona das terças aos domingos, das 14 horas às 22 horas no local ou por encomendas no Disk Pastel (11) 2059-3081.
Mikaelly conta como foi a experiência de participar do curso de arquitetura e construir o próprio projeto de reforma do nosso escritório.
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Mikaelly, 16 anos
Mikaelly, 16 anos, é aluna de qualificação do Vozes das Periferias. Em 2019, se formou no curso de Arquitetura e foi convidada, junto com outros 3 colegas de classe, a criar o projeto de reforma do nosso escritório. O espaço passou por uma grande mudança e hoje conseguimos utilizar muito melhor nossas salas.A jovem também realizou outros cursos da área de tecnologia e comunicação, e seu crescimento está sendo muito maior do que o esperado."O Vozes é uma escada para as realizações do meu sonho. Lá eu aprendi que para você vencer tem que ter, acima de tudo, garra".Mika também é voluntária de operações gerais e nos auxilia em nossas atividades de esporte, cultura e qualificação profissional. Sem dúvidas, essa jovem sonhadora ainda vai conquistar o mundo.
Luiz Alberto, 20 anos
Luiz foi aluno do curso de Gestão de Projetos, em parceria com a Comparex, em 2018. A dedicação do jovem durante as aulas o fez estar entre os melhores, concorrendo por uma vaga de emprego na empresa apoiadora."Participar deste curso foi um divisor de águas em minha vida profissional e pessoal, porque lá eu e meus colegas aprendemos muito mais do que as práticas de gestão de projetos, nós aprendemos valores que levaremos para a vida como o #TamoJunto e o #VaiKida".Hoje, Luiz trabalha na SoftwareONE, antiga Comparex, onde cresce a cada dia junto com profissionais qualificados e trilha a sua carreira. Sem dúvidas, essa oportunidade mudou a vida do jovem e abriu diversas portas, transformando sua história e a de sua família.
Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11
Os irmãos Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11, são alunos da oficina de Dança de Rua do Vozes das Periferias e dão um show de talentos.Os b-boys fazem da arte a força para superar qualquer dificuldade e só abaixam a cabeça se for um passo da dança. Eles se dedicam a aprender e a serem melhores a cada dia, desde o hip hip até o passinho do funk. Os meninos ainda se apresentam em locais como a Av. Paulista e estações do metrô, mostrando que a favela é potência e cultura de rua pode chegar onde quiser.
Kayrone, 15 anos
Kayrone, 15 anos, é aluna da oficina de Jiu Jitsu do Vozes das Periferias e voluntária do projeto auxiliando os mais novos durante a aula. Desde o início se mostrou muito interessada e pró-ativa, querendo aprender sempre mais. A princípio seu objetivo era usar o esporte como uma forma de autodefesa, já que os casos de violência contra mulher estão cada vez maiores. Mas com o tempo foi se encantando e trazendo o Jiu Jitsu para vida."O que eu mais gosto no jiu é que independente da sua faixa ou tempo de treino todos se ajudam e crescem juntos".Hoje, Kayrone treina na Academia Nova União SP Mooca, onde ganhou uma bolsa graças a ponta feita pelo atleta e professor Erick Silva.Sua força e garra representa a classe feminina das favelas. Voe alto!