Desenvolvimento da autodefesa e ganho de grandes benefícios através do Jiu-Jitsu
Kayrone Sandora conta os benefícios e sua experiência na oficina de Jiu Jitsu do Vozes
Através de movimentos naturais e grandes golpes como joelhadas, imobilizações e quedas do Jiu-jitsu é possível desenvolver a força, a resistência e a flexibilidade, além de outros diversos benefícios, como ter uma ótima condição física, melhora a capacidade cardiovascular e respiratória do praticante, ensina técnicas de defesa pessoal e desenvolve a autoconfiança e o raciocínio.
A jovem Kayrone Sandora Oliveira dos Santos (16), aluna de Jiu-jitsu do Instituto Vozes das Periferias conta um pouco da sua experiência com o esporte,“Eu sempre quis fazer alguma arte marcial mas não sabia por onde começar. Eu fazia aulas de pintura e em uma das minhas conversas com o professor ele me informou que o projeto estava inaugurando uma nova oficina de Jiu-jitsu.”.
Apesar do interesse enorme em conhecer o Jiu-jitsu, Kayrone ainda estava muito apegada às aulas de pintura, mas as conversas com o seu professor acabou incentivando a conhecer o esporte, completa: “Assim que eu soube da nova oficina me interessei bastante, mas não queria sair das aulas de pintura. Acabei conversando sobre isso com o meu professor na época e ele me incentivou, disse que seria legal para o meu desenvolvimento e aprendizado, além de ser uma ótima oportunidade para eu aprender a me defender. Foi meio que uma janela aberta para outros mundos, aí eu resolvi me inscrever.”.
No início das aulas de Jiu-jitsu a nova aluna sentiu bastante vergonha pois é muito tímida e não tinha tantas habilidades ainda com o esporte, além de não conhecer a turma. Mas, foi só uma questão de tempo para ela se sentisse familiarizada, diz: “Eu me esforcei ao máximo para aprender e ficar boa para que ninguém duvidasse da minha força e/ou potencial. Em fevereiro (2020) fez 1 ano que pratico esse esporte e um dos principais ensinamentos que tive foi o respeito entre os colegas e com os adversários, e também, a união e superação, pois podemos superar todas as dificuldades se estivermos unidos.”.
Kayrone se encontrou dentro do Jiu-jitsu, pretende seguir com os estudos e recomenda a prática desse esporte para todos os jovens e crianças, diz: “Eu recomendo muito o Jiu-jitsu, pois além de gerar conexões fazendo com que você crie novas amizades, quando você está dentro do tatame você esquece de todos os seus problemas e tudo fica muito mais leve.”.
Mikaelly conta como foi a experiência de participar do curso de arquitetura e construir o próprio projeto de reforma do nosso escritório.
Saiba mais
Mikaelly, 16 anos
Mikaelly, 16 anos, é aluna de qualificação do Vozes das Periferias. Em 2019, se formou no curso de Arquitetura e foi convidada, junto com outros 3 colegas de classe, a criar o projeto de reforma do nosso escritório. O espaço passou por uma grande mudança e hoje conseguimos utilizar muito melhor nossas salas.A jovem também realizou outros cursos da área de tecnologia e comunicação, e seu crescimento está sendo muito maior do que o esperado."O Vozes é uma escada para as realizações do meu sonho. Lá eu aprendi que para você vencer tem que ter, acima de tudo, garra".Mika também é voluntária de operações gerais e nos auxilia em nossas atividades de esporte, cultura e qualificação profissional. Sem dúvidas, essa jovem sonhadora ainda vai conquistar o mundo.
Luiz Alberto, 20 anos
Luiz foi aluno do curso de Gestão de Projetos, em parceria com a Comparex, em 2018. A dedicação do jovem durante as aulas o fez estar entre os melhores, concorrendo por uma vaga de emprego na empresa apoiadora."Participar deste curso foi um divisor de águas em minha vida profissional e pessoal, porque lá eu e meus colegas aprendemos muito mais do que as práticas de gestão de projetos, nós aprendemos valores que levaremos para a vida como o #TamoJunto e o #VaiKida".Hoje, Luiz trabalha na SoftwareONE, antiga Comparex, onde cresce a cada dia junto com profissionais qualificados e trilha a sua carreira. Sem dúvidas, essa oportunidade mudou a vida do jovem e abriu diversas portas, transformando sua história e a de sua família.
Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11
Os irmãos Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11, são alunos da oficina de Dança de Rua do Vozes das Periferias e dão um show de talentos.Os b-boys fazem da arte a força para superar qualquer dificuldade e só abaixam a cabeça se for um passo da dança. Eles se dedicam a aprender e a serem melhores a cada dia, desde o hip hip até o passinho do funk. Os meninos ainda se apresentam em locais como a Av. Paulista e estações do metrô, mostrando que a favela é potência e cultura de rua pode chegar onde quiser.
Kayrone, 15 anos
Kayrone, 15 anos, é aluna da oficina de Jiu Jitsu do Vozes das Periferias e voluntária do projeto auxiliando os mais novos durante a aula. Desde o início se mostrou muito interessada e pró-ativa, querendo aprender sempre mais. A princípio seu objetivo era usar o esporte como uma forma de autodefesa, já que os casos de violência contra mulher estão cada vez maiores. Mas com o tempo foi se encantando e trazendo o Jiu Jitsu para vida."O que eu mais gosto no jiu é que independente da sua faixa ou tempo de treino todos se ajudam e crescem juntos".Hoje, Kayrone treina na Academia Nova União SP Mooca, onde ganhou uma bolsa graças a ponta feita pelo atleta e professor Erick Silva.Sua força e garra representa a classe feminina das favelas. Voe alto!