Em 1948, na Praça dos Direitos Humanos e Liberdade, em Paris, foi assinada a Declaração dos Direitos Humanos. Anos depois, em 17 de outubro de 1987, o padre Joseph Wresinski reuniu mais de 100 mil pessoas no mesmo lugar em uma celebração que homenageava as vítimas da pobreza extrema, violência e da fome.
“Onde homens e mulheres estão condenados a viver em extrema pobreza, os direitos humanos são violados. Unir-nos para que sejam respeitados é um dever sagrado”. Essa foi a frase escrita pelo padre em um cartaz que foi colocado na famosa Torre Eiffel.
E foi depois desse ato, que em 1992, a ONU decretou que o 17 de outubro seria, oficialmente, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
Para a organização, a pobreza atinge o cidadão ou a família cuja renda per capita fique abaixo do valor mínimo ideal para a sobrevivência. No Brasil, por exemplo, o Governo estipula que quem tem renda mensal por pessoa entre R$ 105,01 e R$ 210 está em situação de pobreza. Quem recebe até R$ 105 por mês se encaixa em pobreza extrema.
Apesar da preocupação com o assunto e ações feitas para diminuir a miséria no mundo inteiro, os números ainda são preocupantes. O “Boletim — Desigualdade nas Metrópoles” mostra que, só em 2021, mais de 25 milhões de cidadãos brasileiros se encaixavam nas condições acima. Ou seja, não tinham certeza de quando seria a próxima refeição.
Desde a pandemia, o Vozes das Periferias aumentou ainda mais o seu trabalho na luta contra a fome e na democratização de oportunidades como o acesso à educação, esporte, cultura e geração de renda. No entanto, para vencer essa batalha, é importante que cada um faça a sua parte.
Vamos pensar nessa data como um dia de resistência. Por isso, vote consciente, ajude ao próximo e lembre-se: comida, saúde, educação e trabalho são direitos básicos de todo mundo.