27 de setembro de 2022

milhões de pessoas passam fome no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

Todo cidadão tem direito a uma alimentação adequada. No entanto, no dia a dia, milhares de pessoas passam por uma realidade totalmente oposta
Em 17 de outubro é celebrado o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza . A data foi criada em 1992 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Apesar da pauta ser discutida há 20 anos, a fome ainda é um problema atual no mundo inteiro.
Foto: D A V I D S O N L U N A/Unsplash
Em 1948, na Praça dos Direitos Humanos e Liberdade, em Paris, foi assinada a Declaração dos Direitos Humanos. Anos depois, em 17 de outubro de 1987, o padre Joseph Wresinski reuniu mais de 100 mil pessoas no mesmo lugar em uma celebração que homenageava as vítimas da pobreza extrema, violência e da fome.

Onde homens e mulheres estão condenados a viver em extrema pobreza, os direitos humanos são violados. Unir-nos para que sejam respeitados é um dever sagrado”. Essa foi a frase escrita pelo padre em um cartaz que foi colocado na famosa Torre Eiffel.

E foi depois desse ato, que em 1992, a ONU decretou que o 17 de outubro seria, oficialmente, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

Para a organização, a pobreza atinge o cidadão ou a família cuja renda per capita fique abaixo do valor mínimo ideal para a sobrevivência. No Brasil, por exemplo, o Governo estipula que quem tem renda mensal por pessoa entre R$ 105,01 e R$ 210 está em situação de pobreza. Quem recebe até R$ 105 por mês se encaixa em pobreza extrema.

Apesar da preocupação com o assunto e ações feitas para diminuir a miséria no mundo inteiro, os números ainda são preocupantes. O “Boletim — Desigualdade nas Metrópoles” mostra que, só em 2021, mais de 25 milhões de cidadãos brasileiros se encaixavam nas condições acima. Ou seja, não tinham certeza de quando seria a próxima refeição.

Desde a pandemia, o Vozes das Periferias aumentou ainda mais o seu trabalho na luta contra a fome e na democratização de oportunidades como o acesso à educação, esporte, cultura e geração de renda. No entanto, para vencer essa batalha, é importante que cada um faça a sua parte.

Vamos pensar nessa data como um dia de resistência. Por isso, vote consciente, ajude ao próximo e lembre-se: comida, saúde, educação e trabalho são direitos básicos de todo mundo.


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