18 de maio: Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
De acordo com o balanço mais recente do Disque 100 (Disque Direitos Humanos), dos 159 mil registros feitos ao longo de 2019, 17 mil são relacionados à violência sexual infantil
Nesta terça-feira, 18 de maio, é instituído o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data busca mobilizar e ressaltar a responsabilidade da sociedade, bem como do estado em garantir proteção integral à crianças e adolescentes, assegurando-lhes seus direitos fundamentais.
Essa data foi escolhida em memória à Araceli Crespo. Em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), a menina de apenas oito anos de idade foi sequestrada, violentada e assassinada, tendo todos os seus direitos humanos violados.
Histórias como a de Araceli, infelizmente, são frequentes no Brasil. De acordo com o balanço mais recente do Disque 100 (Disque Direitos Humanos), dos 159 mil registros feitos ao longo de 2019, 86,8 mil são de violações de direitos de crianças ou adolescentes. Dentre esse número, 17 mil são relacionados à violência sexual infantil.
Diariamente, crianças e adolescentes são expostos a diversas formas de violência, seja ela de natureza física, psicológica ou sexual. Vale ressaltar que a violência sexual contra meninos e meninas pode ocorrer em diversas idades, inclusive em bebês. Estar atento e manter os cuidados com crianças e adolescentes é um dever de todos. Se suspeitar ou souber de algum caso de violência sexual contra crianças e adolescentes, denuncie. Para isso, basta ligar no Disque 100 ou procurar o Conselho Tutelar mais próximo.
Mikaelly conta como foi a experiência de participar do curso de arquitetura e construir o próprio projeto de reforma do nosso escritório.
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Mikaelly, 16 anos
Mikaelly, 16 anos, é aluna de qualificação do Vozes das Periferias. Em 2019, se formou no curso de Arquitetura e foi convidada, junto com outros 3 colegas de classe, a criar o projeto de reforma do nosso escritório. O espaço passou por uma grande mudança e hoje conseguimos utilizar muito melhor nossas salas.A jovem também realizou outros cursos da área de tecnologia e comunicação, e seu crescimento está sendo muito maior do que o esperado."O Vozes é uma escada para as realizações do meu sonho. Lá eu aprendi que para você vencer tem que ter, acima de tudo, garra".Mika também é voluntária de operações gerais e nos auxilia em nossas atividades de esporte, cultura e qualificação profissional. Sem dúvidas, essa jovem sonhadora ainda vai conquistar o mundo.
Luiz Alberto, 20 anos
Luiz foi aluno do curso de Gestão de Projetos, em parceria com a Comparex, em 2018. A dedicação do jovem durante as aulas o fez estar entre os melhores, concorrendo por uma vaga de emprego na empresa apoiadora."Participar deste curso foi um divisor de águas em minha vida profissional e pessoal, porque lá eu e meus colegas aprendemos muito mais do que as práticas de gestão de projetos, nós aprendemos valores que levaremos para a vida como o #TamoJunto e o #VaiKida".Hoje, Luiz trabalha na SoftwareONE, antiga Comparex, onde cresce a cada dia junto com profissionais qualificados e trilha a sua carreira. Sem dúvidas, essa oportunidade mudou a vida do jovem e abriu diversas portas, transformando sua história e a de sua família.
Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11
Os irmãos Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11, são alunos da oficina de Dança de Rua do Vozes das Periferias e dão um show de talentos.Os b-boys fazem da arte a força para superar qualquer dificuldade e só abaixam a cabeça se for um passo da dança. Eles se dedicam a aprender e a serem melhores a cada dia, desde o hip hip até o passinho do funk. Os meninos ainda se apresentam em locais como a Av. Paulista e estações do metrô, mostrando que a favela é potência e cultura de rua pode chegar onde quiser.
Kayrone, 15 anos
Kayrone, 15 anos, é aluna da oficina de Jiu Jitsu do Vozes das Periferias e voluntária do projeto auxiliando os mais novos durante a aula. Desde o início se mostrou muito interessada e pró-ativa, querendo aprender sempre mais. A princípio seu objetivo era usar o esporte como uma forma de autodefesa, já que os casos de violência contra mulher estão cada vez maiores. Mas com o tempo foi se encantando e trazendo o Jiu Jitsu para vida."O que eu mais gosto no jiu é que independente da sua faixa ou tempo de treino todos se ajudam e crescem juntos".Hoje, Kayrone treina na Academia Nova União SP Mooca, onde ganhou uma bolsa graças a ponta feita pelo atleta e professor Erick Silva.Sua força e garra representa a classe feminina das favelas. Voe alto!