Instituto lança aplicativo e oferece cursos a distância
Os cursos e oficinas presenciais do Vozes das Periferias passam a ser oferecidos via aplicativo durante a pandemia
Com a chegada da pandemia, as atividades do Instituto Vozes das Periferias precisaram passar por algumas mudanças e se adaptar ao novo cotidiano. Em parceria com a Fábrica de Aplicativos, o Instituto lançou o aplicativo Eh Vozes, disponível nas versões IOS e Android.
Nele, é possível acessar alguns materiais institucionais, portal de notícias e canal do Youtube. Já os alunos matriculados tem acesso as aulas dos cursos profissionalizantes e as atividades das oficinas de esporte e cultura.
Cada um dos alunos recebe um login e senha, que permite acesso ao curso ou oficina que está inscrito. Dentro do aplicativo, o aluno pode assistir as aulas, receber e entregar as atividades propostas semanalmente, e pontuar na participação.
Atualmente, está disponível no aplicativo o curso profissionalizante de empreendedorismo, que gera certificado e dá a possibilidade ao aluno de ser encaminhado ao mercado de trabalho. Em breve estarão disponíveis os cursos de Contabilidade e Produção Musical.
As oficinas de esporte e cultura como dança de rua, artes plásticas, jiu jitsu e futsal também precisaram ser adaptar ao meio digital. Os professores disponibilizam vídeos explicativos e propõe atividades semanais para que os alunos possam realizar em casa, com a família e entregar no prazo.
Os cursos e oficinas são oferecidos gratuitamente, e as inscrições podem ser realizadas via Whatsapp, pelo número: 11 98856-5839. #ehvozes
Mikaelly conta como foi a experiência de participar do curso de arquitetura e construir o próprio projeto de reforma do nosso escritório.
Saiba mais
Mikaelly, 16 anos
Mikaelly, 16 anos, é aluna de qualificação do Vozes das Periferias. Em 2019, se formou no curso de Arquitetura e foi convidada, junto com outros 3 colegas de classe, a criar o projeto de reforma do nosso escritório. O espaço passou por uma grande mudança e hoje conseguimos utilizar muito melhor nossas salas.A jovem também realizou outros cursos da área de tecnologia e comunicação, e seu crescimento está sendo muito maior do que o esperado."O Vozes é uma escada para as realizações do meu sonho. Lá eu aprendi que para você vencer tem que ter, acima de tudo, garra".Mika também é voluntária de operações gerais e nos auxilia em nossas atividades de esporte, cultura e qualificação profissional. Sem dúvidas, essa jovem sonhadora ainda vai conquistar o mundo.
Luiz Alberto, 20 anos
Luiz foi aluno do curso de Gestão de Projetos, em parceria com a Comparex, em 2018. A dedicação do jovem durante as aulas o fez estar entre os melhores, concorrendo por uma vaga de emprego na empresa apoiadora."Participar deste curso foi um divisor de águas em minha vida profissional e pessoal, porque lá eu e meus colegas aprendemos muito mais do que as práticas de gestão de projetos, nós aprendemos valores que levaremos para a vida como o #TamoJunto e o #VaiKida".Hoje, Luiz trabalha na SoftwareONE, antiga Comparex, onde cresce a cada dia junto com profissionais qualificados e trilha a sua carreira. Sem dúvidas, essa oportunidade mudou a vida do jovem e abriu diversas portas, transformando sua história e a de sua família.
Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11
Os irmãos Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11, são alunos da oficina de Dança de Rua do Vozes das Periferias e dão um show de talentos.Os b-boys fazem da arte a força para superar qualquer dificuldade e só abaixam a cabeça se for um passo da dança. Eles se dedicam a aprender e a serem melhores a cada dia, desde o hip hip até o passinho do funk. Os meninos ainda se apresentam em locais como a Av. Paulista e estações do metrô, mostrando que a favela é potência e cultura de rua pode chegar onde quiser.
Kayrone, 15 anos
Kayrone, 15 anos, é aluna da oficina de Jiu Jitsu do Vozes das Periferias e voluntária do projeto auxiliando os mais novos durante a aula. Desde o início se mostrou muito interessada e pró-ativa, querendo aprender sempre mais. A princípio seu objetivo era usar o esporte como uma forma de autodefesa, já que os casos de violência contra mulher estão cada vez maiores. Mas com o tempo foi se encantando e trazendo o Jiu Jitsu para vida."O que eu mais gosto no jiu é que independente da sua faixa ou tempo de treino todos se ajudam e crescem juntos".Hoje, Kayrone treina na Academia Nova União SP Mooca, onde ganhou uma bolsa graças a ponta feita pelo atleta e professor Erick Silva.Sua força e garra representa a classe feminina das favelas. Voe alto!