Postado por Talita Fiocchi
22/10/2020

Mulheres no funk: empoderamento feminino dentro e fora dos palcos

O movimento começou em 2000 e reflete na presença de mulheres no funk atualmente
Ainda que as mulheres sempre estiveram presentes durante toda a história do funk, desde que o estilo musical começou a ganhar espaço no país, as vozes masculinas eram as mais comuns a serem ouvidas.

Com o passar do tempo, as mulheres começaram a ter mais visibilidade no funk, tendo Taty Quebra-Barraco como a pioneira de um movimento de empoderamento feminino através da música. Ela lançou o primeiro álbum em 2000, e entre críticas postivas e negativas, logo se tornou um sucesso. Taty canta sua vivência na periferia, e logo mulheres do país inteiro se empoderavam com suas letras sobre libido e liberdade feminina.
Entre muitas realizações, foi apresentadora e mentora do primeiro reality show de funkeiras em 2015, o Lucky Ladies, que apresentou ao país novas vozes femininas do funk, como Mc Carol.

Um grande nome do funk, e também conhecida como Carol Bandida ou Carol de Niterói, já era reconhecida no cenário carioca por seu sucesso “Minha vó tá maluca”, de 2012, mas a partir do reality show recebeu notoriedade no país inteiro. Desde então, MC Carol teve grandes sucessos como “100% Feminista”, “Não Foi Cabral” e “Delação Premiada”, que abordam temas como movimento feminista, história do Brasil, e o sistema criminal no país. Com sua música, MC Carol traz questões a serem questionadas por toda nossa sociedade.

O empoderamento feminino dentro do gênero musical vai além dos palcos: exemplo disso é a Frente Nacional de Mulheres no Funk. Segundo o site Fundo Brasil, a organização propõe a discussão de políticas públicas com atividades que permitam diálogos temáticos, como debates, cursos de formação e atuação direta no cenário. A Diretora da organização, Renata Prado, é professora e dançarina de funk, educadora, e uma das organizadoras da Batekoo, festa criada para ser um ambiente seguro para pessoas LGBTQI+. Sua atuação dentro e fora dos palcos cria movimentação e questionamentos necessários para o empoderamento da mulher no funk.

A presença e vozes femininas no funk é de extrema importância para que mais mulheres idenfitiquem ele como um lugar de empoderamento, onde elas vêm conquistando cada vez mais espaço e tem potência pra ser ainda maior.
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