Artistas que vieram da quebrada e hoje são referências na música nacional
As periferias são berços de grandes nomes da música brasileira, que muitas vezes sem estrutura ou apoio financeiro, mostraram todo seu talento quando encontraram oportunidades em suas jornadas. Hoje, esses artistas construíram uma carreira de sucesso no cenário musical, não esquecendo suas raízes e lutando para que os que vieram depois também tenham chances de exibir a potência das quebradas para o mundo.
Confira alguns deles:
Negra li
Nascida e criada na Vila Brasilândia, bairro periférico na zona norte de São Paulo, Negra Li tem uma carreira de mais de 20 anos no Hip Hop. Ex-integrante do grupo RZO e com parcerias musicais como Charlie Brown Jr., Rael e Akon, hoje a rapper segue solo e é uma grande referência para a nova geração de mulheres no Rap. A cantora faz questão de contar sobre sua história e origens em músicas como "Brasilândia", "Raízes" e "Favela Vive 3".
BK
Com 31 anos, BK, nome artístico de Abebe Bikila Costa Santos, é um rapper nascido na região de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. O cantor também morou no Morro Santo Amaro e passava boa parte de seu tempo na Cidade de Deus, lugares onde teve grande contato com o funk e o RAP e consolidou sua carreira na música. Atualmente, BK é influência no cenário do Rap e já fez grandes apresentações como seu show no Espaço Favela do Rock In Rio, em 2019.
SABOTAGE
Sabotage cresceu na Favela do Canão, na capital paulista. O cantor teve contato com o tráfico quando ainda era muito novo, mas foi na música que encontrou seu caminho para o sucesso, sendo uma das maiores referências quando falamos de Rap, mesmo após quase 20 anos de sua morte. O rapper, que também chegou a atuar em filmes como Carandiru, nunca esqueceu suas origens e lançou músicas como "Canão Foi Tão Bom", "No Brooklin" e "Um Bom Lugar", compartilhando toda sua vivência com o mundo.
seu jorge
Antes de ser um músico que mescla estilos como MPB, samba e soul, Jorge Mário da Silva, mais conhecido com Seu Jorge, teve vários trabalhos ainda quando criança, na época em que morava no Gogó da Ema, favela da zona norte do Rio de Janeiro. Hoje, com espaço consolidado na música e no cinema e sucessos como "Carolina" e "Trabalhador", Seu Jorge é inspiração para os jovens que buscam carreira artística.
Mc Carol
Uma das cantoras mais conhecidas do funk, MC Carol conhece a realidade da vida periférica de perto. Do alto do Morro do Preventório, no estado do Rio de Janeiro, Carolina de Oliveira se tornou MC Carol cantando versos com temáticas sociais, liberdade sexual da mulher e também sobre seu cotidiano, com letras fortes, mas que representavam sua vivência. Hoje, a MC diz que o funk a salvou, dando um novo rumo à sua vida e proporcionando uma carreira de sucesso para a jovem.
Fotos: @Sabotagemaestrodocanaooficial/Facebook - Foto: Marcos Vilas Boas
@Negrali/Facebook - Foto: Carolina Demper
@Bkttlapa/Facebook - Foto: Cauã Csik
@Seujorge/Facebook - Foto: D+ Photos
@Mccaroldeniteroioficial/Facebook - Foto: Fernando Schlaepfer
Mikaelly conta como foi a experiência de participar do curso de arquitetura e construir o próprio projeto de reforma do nosso escritório.
Saiba mais
Mikaelly, 16 anos
Mikaelly, 16 anos, é aluna de qualificação do Vozes das Periferias. Em 2019, se formou no curso de Arquitetura e foi convidada, junto com outros 3 colegas de classe, a criar o projeto de reforma do nosso escritório. O espaço passou por uma grande mudança e hoje conseguimos utilizar muito melhor nossas salas.A jovem também realizou outros cursos da área de tecnologia e comunicação, e seu crescimento está sendo muito maior do que o esperado."O Vozes é uma escada para as realizações do meu sonho. Lá eu aprendi que para você vencer tem que ter, acima de tudo, garra".Mika também é voluntária de operações gerais e nos auxilia em nossas atividades de esporte, cultura e qualificação profissional. Sem dúvidas, essa jovem sonhadora ainda vai conquistar o mundo.
Luiz Alberto, 20 anos
Luiz foi aluno do curso de Gestão de Projetos, em parceria com a Comparex, em 2018. A dedicação do jovem durante as aulas o fez estar entre os melhores, concorrendo por uma vaga de emprego na empresa apoiadora."Participar deste curso foi um divisor de águas em minha vida profissional e pessoal, porque lá eu e meus colegas aprendemos muito mais do que as práticas de gestão de projetos, nós aprendemos valores que levaremos para a vida como o #TamoJunto e o #VaiKida".Hoje, Luiz trabalha na SoftwareONE, antiga Comparex, onde cresce a cada dia junto com profissionais qualificados e trilha a sua carreira. Sem dúvidas, essa oportunidade mudou a vida do jovem e abriu diversas portas, transformando sua história e a de sua família.
Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11
Os irmãos Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11, são alunos da oficina de Dança de Rua do Vozes das Periferias e dão um show de talentos.Os b-boys fazem da arte a força para superar qualquer dificuldade e só abaixam a cabeça se for um passo da dança. Eles se dedicam a aprender e a serem melhores a cada dia, desde o hip hip até o passinho do funk. Os meninos ainda se apresentam em locais como a Av. Paulista e estações do metrô, mostrando que a favela é potência e cultura de rua pode chegar onde quiser.
Kayrone, 15 anos
Kayrone, 15 anos, é aluna da oficina de Jiu Jitsu do Vozes das Periferias e voluntária do projeto auxiliando os mais novos durante a aula. Desde o início se mostrou muito interessada e pró-ativa, querendo aprender sempre mais. A princípio seu objetivo era usar o esporte como uma forma de autodefesa, já que os casos de violência contra mulher estão cada vez maiores. Mas com o tempo foi se encantando e trazendo o Jiu Jitsu para vida."O que eu mais gosto no jiu é que independente da sua faixa ou tempo de treino todos se ajudam e crescem juntos".Hoje, Kayrone treina na Academia Nova União SP Mooca, onde ganhou uma bolsa graças a ponta feita pelo atleta e professor Erick Silva.Sua força e garra representa a classe feminina das favelas. Voe alto!