Tik Tok: Ferramenta educacional em tempos de pandemia
Alunos do projeto Vozes das Periferias utilizam o aplicativo para compartilhar atividades
Em tempos de distanciamento social, professores e alunos encontram muitos desafios para adaptar as atividades de aprendizagem à nova realidade. Em meio ao cenário pandêmico, a utilização da tecnologia se faz extremamente necessária, como forte aliada no ensino a distância.
Para ajudar, várias soluções criativas têm surgido nesse meio-tempo, principalmente nas redes sociais. O TikTok, é um exemplo disso, criada inicialmente para entretenimento a rede social passou a servir também como um canal educacional que conecta alunos e professores.
O Instituto Vozes das Periferias atento às novas alternativas, também aderiu a utilização do app para manter a interação com os alunos durante o período em que as aulas não podem ser retomadas presencialmente. Com intuito de tirar o conteúdo da teoria e colocar em prática, alunos das oficinas estão realizando desafios e atividades na rede social.
Em vídeos curtos de 15 a 60 segundos, os jovens exibem os resultados das atividades propostas. A nova “metodologia” de ensino tem ampliado o processo criativo e ajudado no engajamento dos alunos nas atividades. Além disso, o app tornou o processo de aprendizagem mais divertido e prazeroso.
Letícia Armindo, coordenadora de operações do Vozes, propõe desafios aos professores e alunos usando o TikTok "Eu acho sensacional. Conseguimos levar conteúdos das oficinas e os alunos usam a criatividade para adaptar, sem contar que tornamos a atividade mais divertida e falamos a língua deles", completa.
Mikaelly conta como foi a experiência de participar do curso de arquitetura e construir o próprio projeto de reforma do nosso escritório.
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Mikaelly, 16 anos
Mikaelly, 16 anos, é aluna de qualificação do Vozes das Periferias. Em 2019, se formou no curso de Arquitetura e foi convidada, junto com outros 3 colegas de classe, a criar o projeto de reforma do nosso escritório. O espaço passou por uma grande mudança e hoje conseguimos utilizar muito melhor nossas salas.A jovem também realizou outros cursos da área de tecnologia e comunicação, e seu crescimento está sendo muito maior do que o esperado."O Vozes é uma escada para as realizações do meu sonho. Lá eu aprendi que para você vencer tem que ter, acima de tudo, garra".Mika também é voluntária de operações gerais e nos auxilia em nossas atividades de esporte, cultura e qualificação profissional. Sem dúvidas, essa jovem sonhadora ainda vai conquistar o mundo.
Luiz Alberto, 20 anos
Luiz foi aluno do curso de Gestão de Projetos, em parceria com a Comparex, em 2018. A dedicação do jovem durante as aulas o fez estar entre os melhores, concorrendo por uma vaga de emprego na empresa apoiadora."Participar deste curso foi um divisor de águas em minha vida profissional e pessoal, porque lá eu e meus colegas aprendemos muito mais do que as práticas de gestão de projetos, nós aprendemos valores que levaremos para a vida como o #TamoJunto e o #VaiKida".Hoje, Luiz trabalha na SoftwareONE, antiga Comparex, onde cresce a cada dia junto com profissionais qualificados e trilha a sua carreira. Sem dúvidas, essa oportunidade mudou a vida do jovem e abriu diversas portas, transformando sua história e a de sua família.
Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11
Os irmãos Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11, são alunos da oficina de Dança de Rua do Vozes das Periferias e dão um show de talentos.Os b-boys fazem da arte a força para superar qualquer dificuldade e só abaixam a cabeça se for um passo da dança. Eles se dedicam a aprender e a serem melhores a cada dia, desde o hip hip até o passinho do funk. Os meninos ainda se apresentam em locais como a Av. Paulista e estações do metrô, mostrando que a favela é potência e cultura de rua pode chegar onde quiser.
Kayrone, 15 anos
Kayrone, 15 anos, é aluna da oficina de Jiu Jitsu do Vozes das Periferias e voluntária do projeto auxiliando os mais novos durante a aula. Desde o início se mostrou muito interessada e pró-ativa, querendo aprender sempre mais. A princípio seu objetivo era usar o esporte como uma forma de autodefesa, já que os casos de violência contra mulher estão cada vez maiores. Mas com o tempo foi se encantando e trazendo o Jiu Jitsu para vida."O que eu mais gosto no jiu é que independente da sua faixa ou tempo de treino todos se ajudam e crescem juntos".Hoje, Kayrone treina na Academia Nova União SP Mooca, onde ganhou uma bolsa graças a ponta feita pelo atleta e professor Erick Silva.Sua força e garra representa a classe feminina das favelas. Voe alto!