ação promovida pelo Vozes, Rede GERANDO FALCÕES E AQUÁRIO DE SP gera alimento para 3 mil famílias
Dezenas de toneladas de alimentos trouxeram comida na mesa e alívio às pessoas que lutam pela sobrevivência contra a fome em diversas periferias
No último mês de maio, o Instituto Vozes das Periferias, em parceria com a Rede Gerando falcões e o Aquário de São Paulo, promoveu uma ação de doação de alimentos que foram revertidos para famílias em situação de insegurança alimentar devido à pandemia de covid-19. A iniciativa, que ocorreu com a entrega de alimentos em troca de entradas para o parque, arrecadou em torno de 42 toneladas de comida destinadas a pessoas que estão passando por fome nas periferias da cidade de São Paulo, incluindo as comunidades da Vila prudente e do Jardim Dona Sinhá.
Com apoio de voluntários, o Vozes das Periferias realizou a retirada dos alimentos e armazenamento em espaços cedidos para montagem de cestas básicas, que posteriormente foram ofertadas a projetos e institutos que promovem o combate à fome de famílias periféricas. Em algumas semanas de ação, foram possíveis arrecadar diversos alimentos que compunham a cesta básica necessária para alimentação de uma família. Com a iniciativa, foi possível a montagem de aproximadamente 3 mil cestas, que foram compartilhadas entre mais de 20 coletivos, associações e projetos que trabalham com população vulnerável na zona leste de São Paulo.
A parceira do Vozes, Rede Gerando Falcões e Aquário de São Paulo impactou a alimentação de aproximadamente 12 mil pessoas, principalmente famílias que passam por dificuldades para geração de renda devido à alta de desemprego ocorrida pelo cenário de incertezas que a pandemia do novo coronavírus causou em todo o mundo, porém, com maior impacto nas pessoas que já sofriam com a desigualdade social e a falta de oportunidade nas favelas e comunidades condenadas por uma realidade de exclusão.
Esta mobilização, que teve por objetivo amenizar o quadro de escassez de alimentos principalmente nas periferias, foi extremamente necessária para tirar diversas pessoas que ainda estão impossibilitadas de gerar renda por conta dos efeitos da pandemia. Com isso, novas ações deverão ser realizadas para garantir o acesso a comida na mesa destes cidadãos e cidadãs.
O Vozes das Periferias continuará realizando novas campanhas e ações no combate à fome nas periferias e promovendo o acesso à qualificação profissional de jovens e adultos para transformar a realidade das favelas e das pessoas que vivem em espaços de vulnerabilidade social.
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Mikaelly conta como foi a experiência de participar do curso de arquitetura e construir o próprio projeto de reforma do nosso escritório.
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Mikaelly, 16 anos
Mikaelly, 16 anos, é aluna de qualificação do Vozes das Periferias. Em 2019, se formou no curso de Arquitetura e foi convidada, junto com outros 3 colegas de classe, a criar o projeto de reforma do nosso escritório. O espaço passou por uma grande mudança e hoje conseguimos utilizar muito melhor nossas salas.A jovem também realizou outros cursos da área de tecnologia e comunicação, e seu crescimento está sendo muito maior do que o esperado."O Vozes é uma escada para as realizações do meu sonho. Lá eu aprendi que para você vencer tem que ter, acima de tudo, garra".Mika também é voluntária de operações gerais e nos auxilia em nossas atividades de esporte, cultura e qualificação profissional. Sem dúvidas, essa jovem sonhadora ainda vai conquistar o mundo.
Luiz Alberto, 20 anos
Luiz foi aluno do curso de Gestão de Projetos, em parceria com a Comparex, em 2018. A dedicação do jovem durante as aulas o fez estar entre os melhores, concorrendo por uma vaga de emprego na empresa apoiadora."Participar deste curso foi um divisor de águas em minha vida profissional e pessoal, porque lá eu e meus colegas aprendemos muito mais do que as práticas de gestão de projetos, nós aprendemos valores que levaremos para a vida como o #TamoJunto e o #VaiKida".Hoje, Luiz trabalha na SoftwareONE, antiga Comparex, onde cresce a cada dia junto com profissionais qualificados e trilha a sua carreira. Sem dúvidas, essa oportunidade mudou a vida do jovem e abriu diversas portas, transformando sua história e a de sua família.
Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11
Os irmãos Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11, são alunos da oficina de Dança de Rua do Vozes das Periferias e dão um show de talentos.Os b-boys fazem da arte a força para superar qualquer dificuldade e só abaixam a cabeça se for um passo da dança. Eles se dedicam a aprender e a serem melhores a cada dia, desde o hip hip até o passinho do funk. Os meninos ainda se apresentam em locais como a Av. Paulista e estações do metrô, mostrando que a favela é potência e cultura de rua pode chegar onde quiser.
Kayrone, 15 anos
Kayrone, 15 anos, é aluna da oficina de Jiu Jitsu do Vozes das Periferias e voluntária do projeto auxiliando os mais novos durante a aula. Desde o início se mostrou muito interessada e pró-ativa, querendo aprender sempre mais. A princípio seu objetivo era usar o esporte como uma forma de autodefesa, já que os casos de violência contra mulher estão cada vez maiores. Mas com o tempo foi se encantando e trazendo o Jiu Jitsu para vida."O que eu mais gosto no jiu é que independente da sua faixa ou tempo de treino todos se ajudam e crescem juntos".Hoje, Kayrone treina na Academia Nova União SP Mooca, onde ganhou uma bolsa graças a ponta feita pelo atleta e professor Erick Silva.Sua força e garra representa a classe feminina das favelas. Voe alto!