O Amplifying Voices from Peripheral Territories acontece no próximo dia 15/09
Uma parte do time do Instituto Vozes das Periferias está em Nova York para a realização de seu primeiro evento de arrecadação de recursos para manutenção das atividades oferecidas para crianças e jovens das favelas da Vila Prudente.
Com o patrocínio de grandes marcas como Ambev, Uber e Alexandre Birman o evento acontecerá no escritório do BTG Pactual, em Manhattan, e deve receber cerca de 70 convidados.
A estratégia da ONG criada por Cesar Gouveia é levar aos brasileiros e americanos as vozes das periferias que são impactadas e tem suas vidas transformadas pelo trabalho feito na Vila Prudente e Jardim Sinhá, ambos bairros da Zona Leste de SP.
O evento será fechado, ou seja, somente para convidados do comitê anfitrião de padrinhos e madrinhas do Instituto que é composto por Will Landers e Mauricio Morato junto com suas esposas Alysson e Simoni.
TRABALHO DE REDE - A Rede liderada por Edu Lyra iniciou sua operação em Nova York no ano passado e a Vozes das Periferias que já tem passagens anteriores por Nova York tem neste ano o seu principal momento de divulgação do seu trabalho.
Para Cesar Gouveia este modelo de trabalho em rede é fundamental para organizações como a sua se desenvolvidas.
“Desde 2018 somos acelerados pela RGF, é isso tem mudado fundamentalmente nossas perspectivas internas e externas. Hoje às crianças das favelas da Vila Prudente e Jardim Sinhá tem novas possibilidades”, disse.
A organização social instalada com sede na Vila Prudente é uma das unidades da Rede Gerando Falcões que atualmente tem mais de 1.300 lideranças em seu ecossistema.
Para a realização deste evento em Nova York a ONG Vozes das Periferias contou com o apoio AKM Performma, HCampos, Escola Móbile e Agência de Comunicação Tamojunto.
Mikaelly conta como foi a experiência de participar do curso de arquitetura e construir o próprio projeto de reforma do nosso escritório.
Saiba mais
Mikaelly, 16 anos
Mikaelly, 16 anos, é aluna de qualificação do Vozes das Periferias. Em 2019, se formou no curso de Arquitetura e foi convidada, junto com outros 3 colegas de classe, a criar o projeto de reforma do nosso escritório. O espaço passou por uma grande mudança e hoje conseguimos utilizar muito melhor nossas salas.A jovem também realizou outros cursos da área de tecnologia e comunicação, e seu crescimento está sendo muito maior do que o esperado."O Vozes é uma escada para as realizações do meu sonho. Lá eu aprendi que para você vencer tem que ter, acima de tudo, garra".Mika também é voluntária de operações gerais e nos auxilia em nossas atividades de esporte, cultura e qualificação profissional. Sem dúvidas, essa jovem sonhadora ainda vai conquistar o mundo.
Luiz Alberto, 20 anos
Luiz foi aluno do curso de Gestão de Projetos, em parceria com a Comparex, em 2018. A dedicação do jovem durante as aulas o fez estar entre os melhores, concorrendo por uma vaga de emprego na empresa apoiadora."Participar deste curso foi um divisor de águas em minha vida profissional e pessoal, porque lá eu e meus colegas aprendemos muito mais do que as práticas de gestão de projetos, nós aprendemos valores que levaremos para a vida como o #TamoJunto e o #VaiKida".Hoje, Luiz trabalha na SoftwareONE, antiga Comparex, onde cresce a cada dia junto com profissionais qualificados e trilha a sua carreira. Sem dúvidas, essa oportunidade mudou a vida do jovem e abriu diversas portas, transformando sua história e a de sua família.
Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11
Os irmãos Kelvin, 8 anos, e Kelveson, 11, são alunos da oficina de Dança de Rua do Vozes das Periferias e dão um show de talentos.Os b-boys fazem da arte a força para superar qualquer dificuldade e só abaixam a cabeça se for um passo da dança. Eles se dedicam a aprender e a serem melhores a cada dia, desde o hip hip até o passinho do funk. Os meninos ainda se apresentam em locais como a Av. Paulista e estações do metrô, mostrando que a favela é potência e cultura de rua pode chegar onde quiser.
Kayrone, 15 anos
Kayrone, 15 anos, é aluna da oficina de Jiu Jitsu do Vozes das Periferias e voluntária do projeto auxiliando os mais novos durante a aula. Desde o início se mostrou muito interessada e pró-ativa, querendo aprender sempre mais. A princípio seu objetivo era usar o esporte como uma forma de autodefesa, já que os casos de violência contra mulher estão cada vez maiores. Mas com o tempo foi se encantando e trazendo o Jiu Jitsu para vida."O que eu mais gosto no jiu é que independente da sua faixa ou tempo de treino todos se ajudam e crescem juntos".Hoje, Kayrone treina na Academia Nova União SP Mooca, onde ganhou uma bolsa graças a ponta feita pelo atleta e professor Erick Silva.Sua força e garra representa a classe feminina das favelas. Voe alto!